sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

História dos festivais


Califórnia da Canção Nativa
A "Mãe dos Festivais"


 
A história dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul tem início na década de 1970. O primeiro festival a surgir foi a Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1971 – hoje inativa - edições: 36.
 Alguns eventos aconteceram anteriormente, há registros de um festival promovido pela TV Gaúcha em 1969, outro promovido por um CTG em Santa Maria em 1970. Mas o que realmente deu a partida para a grande disseminação da música gaúcha pelo estado foi a Califórnia.
Colmar Duarte e companheiros decidiram organizar um festival de música do Rio Grande do Sul por não terem sido classificados em um festival de músicas promovido por uma rádio de Uruguaiana. A ideia foi levada ao CTG Sinuelo do Pago, que após Colmar ser eleito patrão, abraçou a causa. E assim surgiu a "Mãe dos Festivais".
Depois da Califórnia, outros festivais foram surgindo
 - a Ciranda de Taquara, em 1972, foi o primeiro dos "filhos". Com características além da música gaúcha, a influência da imigração - alemã e italiana, respectivamente. A Ciranda foi bienal nos primeiros anos, deixou de ser realizada por algum tempo, voltou mais tarde e finalmente caiu no esquecimento.
A década de 1980 viu uma explosão de festivais pelo estado. De lá para cá houve também uma mostra em Porto Alegre de músicas participantes de outros festivais: Tchê - o Festival dos Festivais. Com ideia semelhante aconteceu em Tramandaí o Eco dos Festivais, em que participavam somente as vencedoras de outros eventos. A Mostra Farroupilha de Nativismo, acontecida no ano do Sesquicentenário da Revolução Farroupilha, também ajudou a incentivar os festivais.
A música gaúcha se espraiou e os festivais também. Santa Catarina começou a organizar a Sapecada da Canção em Lages e outros em várias cidades. O Paraná teve o Cante-Terra em Campo Mourão e mais alguns.
Alguns dos mais importantes foram e antigos festivais do RS são:
  • Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana (1971) – hoje inativa - edições: 36.
  • Carijo da Canção Gaúcha - Palmeira das Missões - ativo - edições: 26
  • Tertúlia de Santa Maria (1980), edições: 18
  • Coxilha de Cruz Alta (1981), - ativa - edições: 31
  • Seara de Carazinho (1981), edições: 17
  • Musicanto de Santa Rosa (1983), edições: 24
  • Estância da Canção Gaúcha - São Gabriel - ativo - edições: 18
  • Moenda da Canção - Santo Antônio da Patrulha - ativa - edições: 25
  • Reponte da Canção - São Lourenço do Sul - ativo - edições: 27
  • Vigília do Canto Gaúcho - Cachoeira do Sul - ativa - edições: 21
Inúmeros festivais se seguiram, chegando a ter mais de 60 eventos num ano.  Alguns não passaram de uma ou duas edições, mas ainda assim, são mais de 200 no total. Hoje acontecem em torno de 30 ao ano no Rio Grande do Sul. Todo ano surgem novos, antigos desaparecem e alguns parados voltam a acontecer.
Tivemos um festival de intérpretes em Caçapava do Sul no final da década de 80 que premiava o vencedor com um automóvel zero-quilômetro. Mais tarde, em 1994 surgiu a Sentinela da Canção Nativa, que teve suas duas primeiras edições com trabalhos voltados ao município, com temática local e com artistas locais.
A partir da 3ª edição foi aberto para artistas de outros lugares e então tomou proporções comparáveis a dos grandes festivais do Estado, principalmente quando começou a utilizar recursos oriundos da Lei de Incentivo à Cultura, além do poder público e do comércio local. Tem a 10ª edição marcada para abril de 2012.
No ano de 2006 acontece a 1ª Casereada da Canção Nativa em Caçapava do Sul, valorizando os artistas locais. Neste festival podem participar como autores somente músicos, poetas e cantores nascidos ou residentes no município. Este já teve sua 2ª edição em 2010 e há promessas para a 3ª, segundo a Associação dos Trovadores Rui Freitas, entidade organizadora e promotora das duas primeiras edições.
Fonte:
http://festivaisnativistas.blogspot.com/
http://wikipedia.com/

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