sábado, 14 de janeiro de 2012

4º Festival Cesar Passarinho


Nos dias 19 e 20 de janeiro este passarinho de alma livre e liberta aguarda por teu canto em Caxias do Sul

Que "passarinho" é este que nos deixou tão saudosos com sua partida?



O passarinho que nos deixou de luto chama-se César Escoto, o César Passarinho, (Uruguaiana, 21 de março de 1949Caxias do Sul, 14 de maio de 1998). Para nosso pesar
, César Passarinho morreu num Hospital em Caxias do Sul. O cantor estava internado havia 43 dias tratando de um câncer no pulmão direito.
O apelido Passarinho é uma referência ao pai, que tinha a alcunha de gurrião (pardal). O filho do pássaro se transformou em passarinho. O intérprete de “Guri” e “Negro da Gaita”, com sua boina e um colete branco, e, em cima do ombro, um pala;
 Nos pés, uma alpargata ou um par de botas combinando com a cor do lenço. César Passarinho era um músico apreciador da pilcha. O cantor símbolo da Califórnia era um homem quieto, de poucas palavras, mas no palco, ele se soltava. As mãos voavam como a reger uma sinfonia de um único cantor.
O músico das milongas começou a carreira musical tocando nos bailes de Uruguaiana, no Grêmio Tiradentes, no Clube Caixeral e no Clube Comercial, que eram animados por conjuntos que tocavam música popular brasileira. Mas o nosso César Passarinho se destacou, entre outros, no Conjunto Hi-Fi, onde atuava também como baterista. César Passarinho sempre foi um homem da noite. Um boêmio. Era comum encontrá-lo no Corinthians ou no Bar do Cid – lugares em que ele se reunia com os amigos, em Uruguaiana. Durante a década de 70, a bebida afastou-o diversas vezes dos palcos.
Foi com a 3ª Califórnia, em 1973, que ele descobriu a música regionalista com a apresentação da composição Último Grito. Califórnia e César Passarinho são sinônimos. O festival e o músico começaram juntos. O cantor uruguaianense acabou se transformando na marca registrada do festival de música nativista, nos deixando 7 obras gravadas para que possamos eternizá-lo em nossos ouvidas e nossas vidas.
Com quatro Calhandras de Ouro – troféu máximo da Califórnia – e a conquista de sete prêmios de melhor intérprete, sendo assim, o mais destacado dos vencedores do festival. Em 1983, com Guri, o pássaro-cantor voou mais alto do que se poderia imaginar. A canção subiu ao palco da Califórnia com nomes como Neto Fagundes e Renato Borghetti. César Passarinho ensaiou a música um dia antes da interpretação. Foi ali que veio a redenção, afastando-se das bebidas e passando a dedicar-se à música.
César Passarinho será lembrado como um artista que gostava de cantar o romantismo e as coisas do campo. Com a sua morte, a geração Califórnia ficou órfã sem sua calhandra, pássaro de canto doce, que só canta quando está livre.
Guri, composição de João Machado da Silva e Júlio Machado da Silva Filho, encerra com os versos:
“E se Deus não achar muito
 Tanta coisa que pedi
 Não deixe que eu me separe
 Deste rancho onde nasci
 Nem me desperte tão cedo
 Do meu sonho de guri
 E de lambuja permita
Que eu nunca saia daqui”.
Fonte de informações:
http://pt.wikipedia.org/




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